A Batalha do Jenipapo foi um confronto entre partidários da independência brasileira
e a resistência portuguesa, que procurava evitá-la, ocorrida no dia 13
de março de 1823, às margens do riacho de mesmo nome, localizado na
região do atual município de Campo Maior, na província do Piauí. Ela é
considerada fundamental no processo de independência e consolidação do
território brasileiro.
Além da população do Piauí, maranhenses e cearenses
participaram do levante popular contra as tropas lideradas pelo Major
João José da Cunha Fidié, que desejavam manter a região sob domínio
lusitano e sufocar os movimentos de independência. O embate pode ser
visto como um dos momentos chave da adesão da província piauiense ao
processo emancipatório brasileiro.
Com o retorno de D. João VI a Portugal, a independência foi oficialmente proclamada a 7 de setembro de 1822, pelo príncipe regente Dom Pedro I em São Paulo, às margens do rio Ipiranga, no entanto,o gesto não representou a integração de todas as províncias do país.
Com a intenção de impedir o crescimento das idéias separatistas, o
governo português enviara desde 1821 para o Piauí o veterano das guerras
napoleônicas, major Fidié. A intenção era manter a província ligada a
Portugal e estabelecer com o Maranhão e Grão-Pará uma área de domínio
lusitano.
Após a declaração da independência do Piauí feita a 19 de Outubro de
1822, em Parnaíba, o comandante português reúne suas tropas e parte de
Oeiras em direção à Parnaíba, a 13 de novembro, para combater os
emancipacionistas liderados por Francisco Inácio da Costa, José
Francisco de Miranda Osório, José Marques Freire, Luís de Sousa Fortes
Bustamante Sá e Menezes, Simplício José da Silva, Luis Rodrigues Chaves,
João da Costa Alecrim, José Antônio da Costa Cardoso e Alexandre Nery
Pereira Nereu.
Fidié chega a Campo Maior e, no dia 13 de março de 1823, pela manhã,
onde tem início a batalha entre suas tropas bem armadas e experientes e
brasileiros sem treinamento militar, utilizando paus, pedras e outros
materiais de pouco poder ofensivo. Devido a superioridade bélica, o que
se viu à beira do Jenipapo foi um massacre. Mesmo com a derrota do
movimento popular, a Batalha do Jenipapo tornou-se
decisiva para afastar o major João José da Cunha Fidié do Piauí e
consolidar a independência e a unidade territorial do Brasil.
Enfraquecidas, as tropas fiéis à coroa seguiram para Caxias, no
Maranhão, onde foram derrotadas por piauienses, maranhenses e cearenses,
a 31 de julho de 1831.
A Batalha do Jenipapo é um capítulo fundamental no processo de
consolidação do território nacional e a data do acontecimento passou a
ser estampada, a partir de 2005, após aprovação da Assembléia
Legislativa do Piauí, na bandeira do estado.
Fontes:
http://culturadopiaui.vilabol.uol.com.br/batjenip.htm
http://www.emdianews.com.br/noticias/batalha-do-jenipapo-consolidou-a-unidade-territorial-do-brasil-10173.asp
CARVALHO Júnior, Antônio Alves. Batalha do Jenipapo: uma modelagem em
realidade virtual. Acessado em:
http://www.liber.ufpe.br/teses/arquivo/20031003141308.pdf 17/12/2009
PIRES, Lionir Delfina. O reflexo dos movimentos separatistas no
parlamento: o caso da guerra do Jenipapo. acessado em:
http://apache.camara.gov.br/portal/arquivos/Camara/internet/posgraduacao/Lionir%20Delfina%20Pires%20-%20projeto%20curso%20IP%203%C2%AA%20ed.pdf
17/12/2009
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